E Jung perguntou a si mesmo por qual mitologia ele estaria vivendo e decobriu que nada sabia. E então ele disse: "Fiz dessa a tarefa de todas as tarefas da minha vida: descobrir a mitologia pela qual eu estava vivendo".
Joseph Campbell
Todos nós, sem que o saibamos, estamos vivendo um mito. De acordo com a perspectiva da psicologia junguiana, as nossas experiências de vida são determinadas por padrões arquetípicos que jazem no fundo de nosso inconsciente coletivo. O inconsciente coletivo é nada mais nada menos que o reservatório de todas as experiências míticas vividas pela humanidade ao longo dos tempos. Assim, para cada indivíduo há determinados padrões míticos que determinam que tipo de experiências constituirão sua história de vida.
É preciso dizer que um mito não o mesmo que uma lenda. A lenda tem por objetivo apenas distrair, divertir, ajudar a passar o tempo. O mito, por sua vez, constitui um relato que tem objetivo dar conta de uma realidade que só pode ser expressa de forma simbólica. Um mito, porém, não é uma invenção proposital, fruto de alguma mente criativa. O mito é criado devido a um imperativo - o imperativo de narrar uma categoria de fatos que estão além da experiência comum do dia a dia mas que, no entanto, diz respeito a cada um de nós.
Alguns autores, entre os quais destacaríamos Jung e Joseph Campbell, este último um dos maiores, se não o maior, mitólogos do século XX, dedicaram sua vida ao estudo dos mitos e como eles repercutem na vida das pessoas.
A conclusão a que chegaram foi a mesma: cada um de nós, sem que disso nos demos conta, está executando suas ações do dia a dia ancorado em padrões míticos. Tomar consciência do mito que determina as ações da nossa vida é fundamental para que possamos ter uma existência mais consciente e sábia.
Você já parou para se perguntar que padrões míticos são atuantes em sua vida?
Domvasco
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